terça-feira, 27 de março de 2012


“Diga que ama no supermercado, na fila do McDonald’s, na música de abertura do show do Frejat, lavando a louça, na garagem do prédio. Sem cerimônia ou ato solene, diga ‘eu te amo’ balbuciando, rindo, gritando, antes do outro, sem esperar ouvir o mesmo.
Pode parecer impulso, mas se dizes é porque sentes, ainda que por uma fração de segundo, então exercite seu direito de falar o que quiser, de amar quem você quiser. E não se arrependa, já que dizem que o sublime está o banal, nas pequenas coisas. E daí se o ‘eu te amo’ está perdendo o impacto? Não deveria servir para chocar ninguém mesmo.”

Gabito Nunes in A banalização do "eu te amo"

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