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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
"O ato de escrever não é sofrido. Sofrida é a vida"
Esta foi uma das afirmações da escritora gaúcha Martha Medeiros no encerramento do Paiol Literário em Curitiba ontem. Ela se referia ao prazer que a escrita traz, e em como é bom escrever como "válvula de escape". Neeem preciso dizer que eu fiquei quase louca de ter a oportunidade de conhecer ela, né gente? Quem me acompanhou feliz da vida foi meu amigo Douglas Lenon, do blog eu te toco também, pra marcar mais uma de nossas histórias juntos. Vocês que lêem o blog aqui sabem que eu adoro postar as frases das crônicas e livros (20, ao todo) dessa diva! Dentre os assuntos tratados, ela comentou sobre como começou a escrever (com poesias feitas no seu quarto), sobre a sua rotina e como suas filhas encaram sua escrita, e confessou que a maioria de seus textos são extremamente autorais, e que portanto possui uma certa dificuldade para escrever ficção. O que só me deixou ainda mais apaixonada por ela, porque eu me identifiquei com isso.
Não posso deixar de dizer também que ela é uma pessoa simpaticíssima, aliás bem mais do que eu imaginava, e simples de tudo. Não se coloca como uma "grande esritora", mas, acima de tudo, como uma mulher como qualquer outra. Surgiram histórias engraçadas como o impacto que sua literatura causa no público, muitas vezes por assuntos considerados "bobos" ou "ingênuos", como quando Martha criticou em uma crônica como os passarinhos a acordavam cantando às 4 da madrugada irritando-a, e recebeu uma chuva de ofensas indiganadas por e-mail, "quase sendo perseguida pelo Ibama", brincou a escritora. Narrou também uma situação de outra crônica levada para o lado pessoal pelo público, em que Martha comentava sobre mulheres que ainda tinham ursinhos de pelúcia em casa e recebia e-mails do tipo "nunca mais lerei mais nada seu". "Mas acho que depois essas pessoas me perdoaram e só não me contaram", disse a escritora, rindo.
Martha Medeiros é super bem-humorada e sincera, além de ter uma proximidade enorme com seu público. Posso dizer com certeza que realizei um sonho ao conhecê-la! Foi uma surpresa agradável perceber que, no palco, dava uma tremedeira enorme fazer uma pergunta com o microfone, mas que no cara-a-cara parecia que nós já éramos amigas de tempos! Isso por conta da maneira como ela nos trata, sem a "barreira imaginária" de autor e fã. Gente, é incrível ver como ela é simpática e engraçada pessoalmente. Depois que terminou a entrevista, eu e o Douglas conseguimos falar um pouquinho com a Martha sobre o Caio Fernando Abreu, e no mesmo momento ela abriu um sorriso dizendo que o conheceu pessoalmente, e chegou a almoçar com ele na década de oitenta, antes mesmo de ela publicar seu primeiro livro (de poesias). Afirmou, ainda, que ele foi um dos seus grandes incentivadores a iniciar a escrita.
Na correria para sair de casa, esqueci que eu tinha o livro Coisas da vida para ela autografar, aí teve que ser em uma agendinha mesmo! hahaha
É por tudo isso que eu aconselho, para quem gosta de ler Martha Medeiros, conhecê-la um dia se tiver oportunidade, porque ela é um amor de pessoa! E eu fico aqui ainda suspirando eternamente por ter tido essa chance! (:
Um beeijo a todos que passam por aqui diariamente.
Suspiros:
Clarissa M. Lamega,
Martha Medeiros
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